segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Emprego garantido

Por que os profissionais da área técnica são os mais procurados

A carreira técnica está em alta no mercado de trabalho brasileiro. Principalmente nas áreas de tecnologia e infraestrutura – justamente as que mais ficaram reprimidas durante a estagnação econômica das décadas de 1980 e 1990. Com a volta do crescimento do país, as empresas foram pegas no contrapé. As escolas e universidades não dão conta de formar gente suficiente para montar redes de computadores, construir hidrelétricas, automatizar supermercados ou trabalhar nas refinarias de petróleo. Há três tipos de profissional entre os mais disputados: os engenheiros, os tecnólogos (formados em um curso superior especializado) e os técnicos (que fizeram um ensino médio especial).
A carência nacional de engenheiros é expressa em números. O Brasil forma 38 mil novos engenheiros por ano. “Em 2016, o mercado vai precisar de 80 mil por ano”, diz Murilo Pinheiro, presidente da Federação Nacional de Engenharia. Ele acredita que, até lá, quem tirar um diploma técnico dificilmente ficará sem emprego.
O paulistano Marcelo Mancini, de 26 anos, sabia disso quando optou pelo curso de engenharia ambiental, concluído em 2010, na Universidade São Marcos. Mas diz que ficou surpreso quando, recém-formado, conseguiu uma vaga em um concurso na mineradora Vale. Sem nenhuma experiência na área, foi contratado como responsável pela gestão de informações de novos projetos da Vale. Nos últimos 15 meses, o número de engenheiros contratados pela empresa aumentou 50%.
Não é preciso ter um diploma de um curso tradicional de engenharia para ingressar numa carreira técnica. Existem atalhos para o aluno chegar mais rápido ao mercado de trabalho. O primeiro são os cursos superiores de tecnologia, que forma os tecnólogos. O número de vagas e de formados explodiu nos últimos cinco anos. São cursos mais curtos (duram dois anos, ante os cinco da engenharia). Têm currículos mais práticos e sob medida para algumas funções, como o tecnólogo em geoprocessamento, que analisa imagens de satélite para monitoramento ambiental ou planejamento urbano. “Por isso, esses cursos são tão atraentes para quem quer ou precisa começar a trabalhar logo”, diz Angelo Cortelazzo, coordenador da área de ensino superior do Centro Paula Souza, de São Paulo. Para quase 90% dos que se formam tecnólogos pelo Centro, há emprego garantido. Alfredo Xavier Bittencourt, de 21 anos, se formou tecnólogo em desenvolvimento de sistemas e hoje trabalha na IBM. Antes de se formar, ainda durante o estágio na empresa, em 2009, foi convidado para trabalhar como efetivo. “Os cursos de bacharelado que pesquisei antes de fazer o tecnológico eram muito teóricos. Optei pelo que dava garantia de emprego”, diz.

O segundo caminho para a carreira tecnológica começa mais cedo, nas escolas técnicas de ensino médio. Para o aluno, a vantagem é ganhar conhecimento e se preparar melhor caso haja interesse em tentar uma vaga numa faculdade de engenharia ou de tecnologia. Com formação técnica na área de eletrônica, o analista de sistemas Eliseu Junior, de 32 anos, não queria depender de uma faculdade para conseguir seu primeiro emprego. Cinco anos depois do ensino médio, já trabalhando na HP, Junior se formou tecnólogo em gerenciamento de redes pela Universidade Paulista. “Tinha começado antes um curso de engenharia de telecomunicações, mas desisti. Não consegui conciliar com o trabalho.”
Além da recessão econômica nos anos 1980 e 1990, o preconceito ajudou, em boa medida, a reprimir o avanço da carreira de nível técnico. Por muito tempo, o técnico era visto como mal qualificado, de baixa escolaridade. Fora a imagem de carreira “masculina”, que ainda afasta talentos femininos. “Muita empresa não sabe o que os tecnólogos fazem”, afirma José Paulo Garcia, presidente do Sindicato dos Tecnólogos de São Paulo. Não é chororô. A Petrobras não contrata tecnólogos para as áreas principais de seu negócio. Seus fornecedores, sim. “Mas não há escapatória”, diz Marcelo Braga, sócio da Search, consultoria de recursos humanos de São Paulo. “A saída para o Brasil construir e desenvolver o que é necessário para garantir o crescimento econômico são os tecnólogos.” Os países mais desenvolvidos apostaram na formação desse tipo de profissional para avançar econômica e tecnologicamente. No grupo de países ricos, 30% de quem fez curso superior é tecnólogo. No Brasil, são 12%.
É claro que a qualidade dos cursos pesa. A maioria dos tecnólogos se forma por faculdades particulares, muitas com baixa qualidade de ensino. Mas o risco de uma formação ruim não é exclusividade desse tipo de profissional. Mais de 70% dos engenheiros brasileiros se formam nas escolas com pior avaliação pelo Ministério da Educação, de acordo com um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Em dez anos, o problema será a qualidade dos engenheiros, e não a quantidade”, diz o analista Paulo Nascimento, do Ipea.
Fonte: Revista Época edição 701 (24 de outubro de 2011)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Oportunidade Senac - unidade Campos dos Goytacazes

CONSULTOR DE VENDAS - CAMPOS DOS GOYTACAZES

- Identificar as necessidades e interesse dos clientes;
- Ter conhecimento e apresentar portfólio ao cliente;
- Realizar cadastro e registro de vendas no SGA para eventuais contatos;
- Utilizar o conceito de carteira de clientes;
- Realizar vendas ativa e consultiva;
- Preencher planilha de controle e acompanhamento de vendas.
- Fazer consulta de crédito.
- Emitir e protocolar para o setor responsável as documentações referente as inscrição.
- Efetuar fechamento diário do caixa


Requisitos:

- Ensino médio completo;
- Experiência na área de vendas;
- Informática: Nível intermediário.

Local de trabalho: Campos dos Goytacazes
Horário de trabalho: 40h semanais - segunda à sexta, 14h às 22hs - sábado, 12h às 18h.

Etapas do processo seletivo:

1) Análise curricular, onde serão observados:
- Formação Compatível com a vaga;
- Experiência na área de vendas;
- Informática: Nível intermediário.

2)Entrevista coletiva/Aplicação de testes (RH), onde serão observados:
- Características comportamentais, tais como: Facilidade de relacionamento interpessoal, boa capacidade de comunicação, capacidade de agir sob pressão, senso de prioridade, negociação, flexibilidade e organização.
- Aplicação de teste de português e redação, com o objetivo de avaliar a capacidade de escrita e interpretação de texto.

3) Entrevista com Gestor:
- Validação das etapas anteriores, observando se as competências técnicas se adequam ao referido perfil.

Todas as etapas serão de caráter eliminatório.

Este cadastro terá validade de 12 meses.

- É permitido o aproveitamento de candidatos aprovados em futuros processos seletivos para vagas de mesmo cargo/perfil.

Interposição de recursos:

- É permitida a interposição de recursos por parte dos candidatos no prazo de 05 dias após a comunicação do resultado do processo seletivo.

Benefícios: Vale transporte + Vale refeição (20,00) + Assistência Médica (Amil) + Assistência Odontológica + Seguro de Vida + Plano de previdência privada + Auxílio Creche + Auxílio funeral
Período de inscrições: 24/1/2011 a 29/1/2012.
Inscrições: site Senac rj

domingo, 15 de janeiro de 2012

Falta de mão de obra faz empresas contratarem aposentados

Engenheiros encabeçam lista de contratações; na OGX, de Eike Batista, 20% dos profissionais contratados são aposentados
Imagine a sua aposentadoria. Praia, dia ensolarado, uma sombra relaxante e água fresca. Agora, troque tudo isso por telefonemas, relatórios, reuniões intermináveis e o corre-corre do dia-a-dia. Você aceitaria? Muitos sim. Com a necessidade cada vez maior de mão de obra especializada - e, acima de tudo, experiente – é crescente a busca de empresas por profissionais aposentados em seu quadro de funcionários.
Um levantamento elaborado pela Hays, empresa especializada em recrutamento para média e alta gerência, mostrou que 20% das empresas brasileiras contratam profissionais já aposentados para voltarem ao mercado de trabalho. Dessas contratações, pelo menos metade é por conta da falta de mão de obra especializada, principalmente.
“O atual nível de investimentos em projetos, principalmente em infraestrutura, deve mostrar uma tendências cada vez maior de executivos voltando para o mercado de trabalho”, diz Alexia Franco, diretora da Hays. “É exigido conhecimento em condução de projetos, que, por mais que o profissional seja bem formado tecnicamente, somente a experiência pode trazer.” Segundo Alexia, cerca de 80% da demanda das empresas é por profissionais formados em Engenharia.
Foi justamente pela experiência que o engenheiro agrônomo aposentado Luiz Antonio Barreto de Castro, 72 anos, jamais deixou de ser demandado no mercado de trabalho. Aposentado há 17 anos, ele se manteve trabalhando em cargo público até 2010, quando deixou o cargo de Secretário de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia. Mas engana-se quem pensa que ele, enfim, “pendurou as chuteiras”. Castro aceitou o convite para ser diretor da União Química, após uma breve passagem pelo Instituto Brasileiro de Algodão.
“Um trabalhador de 70 anos está completamente ativo”, diz Castro. “Ele não trabalha se não tiver motivação, entusiasmo e projetos. Se tiver essas coisas, provavelmente vai ter propostas de qualquer setor, seja público ou privado”, completa.
Propostas não pararam de chegar ao contador Valter Mattos Lourenço, 60 anos. Ele bem que tentou se aposentar definitivamente em 2009 – dez anos depois de ter se aposentado no papel. Mas as férias definitivas duraram pouco. Cinco meses mais tarde, ele já estava novamente no mercado de trabalho, prestando consultoria a varias empresas. “Fiquei em casa por cinco meses, mas já estava angustiado. Ficar parado é terrível”, diz.
E é justamente pela necessidade de estar na ativa que os aposentados têm voltado ao mercado de trabalho, segundo Alexia Franco, da Hays. “Não é somente o salário que importa. Nesta etapa de vida, o profissional está mais preocupado com o projeto, em se sentir importante ainda”, afirma. “São fatores mais emocionais que racionais.”
No comando
De acordo com o estudo da Hays, 72% dos aposentados são contratados para cargos técnicos. Os postos de diretoria são responsáveis por 33% das vagas, enquanto gerência, conselho e presidência respondem por 28%, 17% e 6% das contratações, respectivamente.
Entre as grandes empresas, a procura por profissionais com mais gabarito é comum. Segundo Paulo Mendonça, Diretor Geral e de Exploração da OGX, de Eike Batista, 20% do quadro de 330 colaboradores diretos da companhia é formado por profissionais aposentados.
“O principal fator que levou à contratação desses profissionais foi a larga experiência no setor de óleo e gás e o vasto conhecimento das bacias sedimentares brasileiras”, diz o executivo. “Alguns possuem mais de 30 anos de atuação na área, tendo participado das principais descobertas e projetos de produção já realizados no Brasil.”
Alexia Franco ressalta que o mix entre experiência e juventude já se mostrou bem-sucedido
nas empresas. “Esse equilíbrio na estrutura de colaboradores é muito saudável para as companhias”, afirma.
“Um executivo mais vivido consegue antecipar problemas que podem acontecer nos projetos, e isso gera ganhos para a empresa”, completa a especialista.
Condições especiais
Além do salário diferenciado, que não deixa de ser um atrativo para os aposentados, as empresas que recrutam esses profissionais tendem a oferecer condições especiais de trabalho, segundo a diretora da Hays. “Muitos desses executivos têm uma necessidade diferente da geração Y ou até da gerência sênior.”
Entre os diferenciais podem estar jornada de trabalho menor, acomodações especiais e horários flexíveis. “É um profissional que não vai passar 14 horas do dia trabalhando”, diz Alexia. “As empresas terão de desenvolver um modelo de trabalho diferenciado.”
Atualmente, a OGX não conta com um programa especial para os aposentados. Mas as coisas podem mudar. “Ainda houve nenhuma adaptação específica, mas isto poderá vir a ser realizado futuramente”, diz Paulo Mendonça.
Enquanto as empresas se adaptam, os profissionais aposentados adiam os planos de deixar o mercado de trabalho. “Quando o sujeito pára de trabalhar, começa a fazer besteira”, diz Luiz Antonio Barreto de Castro.
Mas o sonho da aposentadoria não está descartado. “A minha ideia é parar e descansar”, afirma Valter Mattos Lourenço. Só resta saber quando.
                                   Fonte: Site IG

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