segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Pesquisa Perspectivas Estruturais do Mercado de Trabalho na Indústria Brasileira - 2020

 
O Sistema FIRJAN realizou a pesquisa intitulada "Perspectivas Estruturais do Mercado de Trabalho na Indústria Brasileira - 2020".
A proposta é identificar perspectivas do mercado de trabalho, no que tange à contratação e requisitos de formação educacional para carreiras em empresas industriais brasileiras, tendo como horizonte o ano de 2020.

A pesquisa fornece a estudantes, trabalhadores, empresas, instituições de ensino e governos um referencial estratégico para investimentos em educação e formação profissional.

Elaborada junto a 402 empresas brasileiras que empregam 2,2 milhões de empregados de 26 grupos da CNAE-2.0 (Classificação Nacional de Atividades Econômicas)/IBGE, a pesquisa representa as indústrias extrativa, de transformação e da construção civil.

Em cada empresa, foram entrevistados profissionais da área de recursos humanos e/ou da área operacional. Na pesquisa, foram utilizados trinta questionários customizados setorialmente, tendo como base o Código Brasileiro de Ocupações (CBO) e sugestões de especialistas setoriais.

A pesquisa está hospedada no site
www.portalempresarial.com.br .
 
Fonte: Site Firjan  

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Concurso para maquiadores e tatuadores


Concurso para maquiadores e tatuadores
 
 
O Ministério da Saúde, por meio do seu Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde (DDAHV/SVS/MS) e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), no âmbito do Projeto AIDS-SUS e do Projeto para "Melhoria da Gestão, Vigilância e Prevenção e Controle das DST, Aids e Hepatites Virais entre usuários de drogas, profissionais do sexo, população penitenciária e pessoas vivendo com HIV/aids" - BRA/K57, estabelecem e divulgam as normas para o edital de seleção do Concurso de prevenção às hepatites virais B e C para manicures e tatuadores.
As hepatites virais B e C são doenças graves que atacam o fígado, um dos órgãos mais importantes do corpo. E nem sempre apresentam sintomas. As pessoas podem ser portadoras dos vírus B ou C e não saberem. O Concurso objetiva incentivar a produção de obras criativas visando o prevenção da hepatites B e C.
 Informações em: http://www.aids.gov.br/edital/2012/concurso_cultural_arte_e_hepatites

Fonte: Ministério da Saúde

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Vagas de Emprego - Campos dos Goytacazes

                          A PACIFIC RECURSOS HUMANOS CONTRATA:




10 VENDEDORES PARA O COMÉRCIO E SHOPPING EM GERAL, AMBOS SEXOS; (Experiência mínima 6 meses);
14 CAIXAS PARA SUPERMERCADO; (Experiência mínima 6 meses);
25 EMBALADORES; (Experiência mínima 6 meses);
25 AUXILIARES DE DEPÓSITO; (Experiência mínima 6 meses)
25 REPOSITORES; (Experiência mínima 6 meses);
01 ESTOQUISTA;(Experiência mínima 6 meses);
02 AUXILIARES DE LOGÍSTICA; (Experiência mínima 6 meses);
01 AUXILIAR ADMINISTRATIVO;(Experiência mínima 6 meses);
02 TÉCNICOS DE INFORMÁTICA, COM CNH-B E COM DISPONIBILIDADE DE VIAJAR; (Experiência mínima 6 meses)
03 VENDEDORAS PARA TRABALHAR COM JÓIAS; (Experiência mínima 6 meses);
01 AUXILIAR DE OPERAÇÕES,COM HAB A;(Experiência mínima 6 meses);
01 PROMOTORA DE VENDAS; (Experiência mínima 6 meses)
03 VENDEDORES PARA ALUGUEL DE FESTAS;(Experiência mínima 6 meses);
02 SERVIÇOS GERAIS; (Experiência mínima 6 meses)
02 RECEPCIONISTAS PARA FESTAS NOITE;(Experiência mínima 6 meses);
01 DESIGNER GRÁFICO; (Experiência mínima 6 meses)
01 MOTORISTA HAB-D;(Experiência mínima 6 meses);
02 COLADORES DE OUTDOOR;(Experiência mínima 6 meses)


 Interessados procurar o Grupo Pacific - Recursos Humanos
End.: Rua Colatino Gusmão, Nº25 - Pq. Tamandaré.
Referência: Entrar à esquerda depois da Xérox do Victor da Pelinca e depois segunda à direita.
Tel. Para Contato: 2733-9054
Entrega de currículo para o e-mails:aline.pacificrh@hotmail.com
                                                             comercial_pacificrh@hotmail.com OBS: Horário de Atendimento: Das 9:00 hs ao 12:00 hs e das 14:00hs às 17:30hs.

sábado, 30 de junho de 2012

Evasão em cursos técnicos de Ensino Médio preocupa educadores


Conflito de horários, desconhecimento sobre a área escolhida e insatisfação com a estrutura estão entre os principais responsáveis pela desistência.



Cursar o ensino médio e já sair com uma formação profissional, ou concluir o ensino regular e entrar mais cedo no mercado de trabalho por meio de um curso técnico subsequente são possibilidades que empolgam menos jovens do que se poderia imaginar. No Brasil, a evasão geral no ensino médio é de 10,3% – índice que cai para 6,7% no Paraná, de acordo com dados do Censo Escolar de 2010. O Ministério da Educação e a Secretaria Estadual de Educação (Seed) não divulgam dados específicos sobre o abandono nos cursos técnicos, mas, segundo escolas e profissionais consultados, as taxas são preocupantes. Uma amostra disso é que, em seu plano de metas, a Seed trata o combate ao abandono no ensino técnico como prioridade.

Na Universidade Tec­no­­lógica Federal do Paraná (UTFPR) a evasão nos cursos técnicos integrados ao ensino médio passou de 13,66% em 2010 para 16,18% no ano passado. No Instituto Federal do Paraná (IFPR) a evasão foi baixa em 2011: 2,09% dos estudantes abandonaram os cursos integrados e subsequentes, o que representa 640 dos quase 30 mil alunos. Mas esse quadro positivo é recente e resulta de um trabalho específico para combater a desistência. Em 2009, o número foi 79% maior – 1.146 estudantes largaram seus cursos. Em 2010, houve 1.768 desistências.



Artigo

Desafios da formação técnica no Paraná
Ronaldo Casagrande, diretor do Centro Tecnológico da Universidade Positivo (CTUP)

O apagão de mão de obra é um tema recorrente quando o assunto é o crescimento do Brasil para os próximos anos. Atualmente faltam profissionais qualificados em todas as áreas e em todos os níveis. Porém, a maior escassez, especialmente no Paraná, não é por advogados, administradores e outros bacharéis e sim por pessoas com habilidades técnicas específicas. O mercado de trabalho tem um déficit muito grande desses profissionais em diversas áreas, especialmente àquelas ligadas a infraestrutura e produção, tais como petróleo e gás, construção civil, controle e processos industriais, entre outras.

O mercado está remunerando muito bem profissionais de nível técnico ligado a essas áreas. Mas por que então há falta de pessoas com esse perfil? Pode-se discorrer aqui sobre várias causas que levaram a essa escassez, mas gostaria de destacar especialmente duas. Primeiramente não podemos ignorar que no Brasil houve historicamente um forte preconceito com a formação profissional.

Desde suas origens, a formação profissional foi destinada a classes sociais menos favorecidas e teve como objetivo principal a resolução de problemas sociais. O próprio trabalho, especialmente o manual e operacional, sempre sofreu preconceito em nosso país. Vale lembrar que a palavra trabalho tem sua origem na palavra latina Tripalium, instrumento de tortura utilizado com escravos. O preconceito em relação ao trabalho operacional pode ser evidenciado, ainda nos dias de hoje, quando vemos filhos de pessoas de classe média alta que trabalham por longos períodos nos EUA como babás e garçons, mas que se recusam a realizar esse tipo de serviço no Brasil.

Outro problema que temos no avanço da formação técnica é em relação ao financiamento para estudo. Podemos, de forma simplista, identificar dois grandes financiadores, sendo um o poder público e outro, o privado, constituído especialmente pelo segmento empresarial (representado pelo Sistema S) e também pelas próprias pessoas que buscam uma formação. Especificamente nas últimas duas décadas, o poder público identificou a necessidade de promover a formação de profissionais de nível técnico de qualidade e desde então vem desenvolvendo programas para acelerar esse tipo de formação.

O grande problema é que tanto o poder público quanto o Sistema S não têm recursos suficientes para formar toda a demanda necessária. Por outro lado, o público interessado em buscar uma formação profissional normalmente não consegue arcar, também, com os custos de uma boa formação profissional.

Hoje, a formação técnica é uma ótima opção, tanto para a pessoa, que é bem remunerada, quanto para o país, que necessita desse perfil de profissional para se desenvolver. Porém, para resolver o problema da formação profissional deve haver, pelo menos, a superação das barreiras aqui relacionadas: o problema cultural de preconceito com a formação profissional e o financiamento ao estudante. Interatividade

Razões
Entre as principais razões para a desistência estão o desconhecimento e a insatisfação com a estrutura dos cursos e a opção por dar continuidade aos estudos no ensino superior. No entanto, a mais preocupante é a vulnerabilidade social, já que muitos estudantes conciliam os estudos com o trabalho.

Há casos de alunos que abandonam o curso por não conseguirem acompanhar as aulas ou por não terem gostado da escolha. Existem estudantes, por exemplo, que optam por uma formação em informática pensando em áreas de interesse, como a internet, mas esquecem que há muita matemática como base para os estudos. “Por ter um processo seletivo relativamente concorrido, os alunos que ingressam possuem uma base consistente na formação geral, encontrando dificuldade nas áreas técnicas”, afirma Sonia Ana Leszczynski, chefe do Departamento de Educação da UTFPR.

Análise
O professor Irineu Mario Colombo, reitor do IFPR, considera os índices de evasão na instituição preocupantes, já que o governo federal faz um investimento grande nesses cursos. Para reverter o quadro, o IFPR deve investir R$ 5 milhões neste ano apenas em programas de assistência estudantil, para apoiar a permanência dos alunos.

Colombo ainda faz uma ressalva em relação aos índices elevados de evasão: a economia aquecida. “Para cursos técnicos, a demanda aquecida não estimula a permanência”, afirma. Ele dá como exemplo o mercado da construção civil em alta. Um aluno que cursa o técnico em edificações pela manhã e é muito solicitado pelo mercado acaba abandonando o curso para atender a essa demanda.

No TECPUC, centro de ensino técnico ligado à PUCPR, um trabalho de avaliação da evasão ajudou os profissionais a entenderem melhor as razões dos estudantes. “Um grande porcentual da evasão ocorre pelo fato de os alunos serem os próprios pagantes do curso e não conseguirem conciliar as atividades do dia a dia e os estudos”, explica Roger Steppan, diretor do TECPUC.

Trampolim
Aulas foram meio de ingressar rapidamente no mercado de trabalho

Em 2010, Natalie Patrício, de 24 anos, decidiu estudar Produção de Áudio e Vídeo no IFPR, um dos novos cursos ofertados na instituição após sua criação, em 2008. Em meio a atrasos na formação por falta de professores, que ainda estavam sendo contratados, e deficiências com equipamentos, a jovem quase desistiu do curso por falta de dinheiro.

Morando sozinha em Curitiba, Natalie aproveitava o vale-transporte que recebia no trabalho para ir até o instituto. Quando parou de trabalhar, o orçamento ficou apertado. Com problemas de saúde, ela perdeu muitas aulas e quase largou os estudos. “Aí apareceu a bolsa de inclusão social e pude continuar”, conta. Em troca do dinheiro, R$ 200 mensais, Natalie fez monitoria acadêmica, o que ainda a auxiliou nos estudos.

Hoje a jovem trabalha na área e sonha em continuar os estudos em um curso superior de Medicina. “Escolhi o curso técnico porque dura menos tempo e você sai um profissional formado.” Natalie faz aulas no pré-vestibular gratuito Em Ação nos fins de semana e se prepara para prestar vestibular no fim do ano. “A gente tem de comer, se vestir, então, precisa trabalhar”, resume.

Informação
“Não sabia muito bem o que era o curso e caí de paraquedas”

O curso técnico em Mecânica, ofertado de forma integrada ao ensino médio, pareceu uma boa oportunidade para o jovem Igor Fabiano de Castro do Nascimento, 17 anos. Mesmo assim, ele desistiu da formação profissional e voltou ao ensino médio regular. “Aconteceu o que acontece com um monte de pessoas: não sabia muito bem o que era o curso e caí de paraquedas. Saí porque não era o que eu queria”, conta.

De volta ao segundo ano do ensino médio, o jovem estuda hoje no Colégio Estadual Rodolpho Zaninelli, na Cidade Industrial de Curitiba, onde também cursou metade do ensino técnico. “Não tinha estrutura e ficou mais viável largar o técnico e ficar no regular”, conta, lembrando que entre as razões para a troca estavam a falta de laboratórios e de professores.

Segundo Marilda Diório Menegazzo, diretora do Departamento de Educação e Trabalho da Secretaria de Estado da Educação (Seed), para diminuir a taxa de evasão, as escolas estão sendo orientadas a explicar melhor para o aluno o que ele vai encontrar e estudar no ensino técnico. Além disso, novos laboratórios estão sendo preparados. Atualmente, a rede estadual tem 89.858 alunos no ensino médio profissionalizante, que está presente em quase todas as cidades do Paraná.



Fonte : Site Todos pela Educação

terça-feira, 12 de junho de 2012


Atitude

Sinto dizer que sem esforço nada vai acontecer!
Não adianta só orar,
Se você não se decidir pelo primeiro passo,
se você não sair desse quarto,
nem os anjos poderão te ajudar,
se você não se ajudar!

Quer emagrecer?
Caminhe todos os dias,
pare de dizer que não tem dinheiro para a academia.
A rua é livre, de graça e está te esperando, seja noite, seja dia.

Quer um novo emprego?
Estude algo novo, aprenda um pouco mais do seu ofício, faça a diferença
e as empresas vão correr atrás de você!

Quer um novo amor?
Saia para lugares diferentes assista a um bom filme,
leia um bom livro, abra a cabeça, mude os pensamentos,
e o amor vai te encontrar no metrô, no ônibus, na calçada,
e em qualquer lugar, pois você será de se admirar.
Pessoa que encanta só de olhar...

Quer esquecer alguém que te magoou?
Enterre as lembranças e o infeliz!
Valorize-se criatura!
Se você se valoriza, sabe quanto vale,
sabendo quanto vale não se troca por qualquer coisa.
Se alguém te deixou é porque não sabe o seu valor.
Logo, enterre a criatura no lago dos esquecidos.
E rumo ao novo que o novo é sempre mais gostoso...

Quer deixar de dever?
Pare de comprar.
Não faça dívida para pagar dívidas!
Nunca! Jamais!
Faça poupança e pede para o povo esperar.
"Devo, não nego, pago quando puder."
Assim, a cabeça fica livre e você vai trabalhar.
Em breve, não terá mais nada para pagar...

Quer esquecer uma mágoa?
Limpe o seu coração, esvazie-se...
Quem tem equilíbrio não guarda mágoas.
Só as pessoas com problemas emocionais é que se ressentem.
Ficam guardando uma dor, alimentando como se fosse de estimação.
Busque o equilíbrio emocional. Doe-se, ame mais e tudo passa.

Quer viver bem?
Ame-se!

Felicidade é gratuita, não custa nada.
É fazer tudo com alegria, nos mínimos detalhes.
Pergunte-se e se achar resposta que te satisfaça, comece tudo de novo:
- Pra que 2 celulares (1 pra cada orelha?)?
- Pra que 3 computadores, se não tem uma empresa?
- 4 carros?
- 6 quartos se é você e mais 1 ou 2?
- 40 pares de sapato, se tem apenas 2 pés?
A vida pede muito pouco e nós precisamos de menos ainda.

Seja feliz!
Autor desconhecido

 

sexta-feira, 9 de março de 2012

Nova classe média será mão de obra mais qualificada para indústria


A chamada nova classe média (com renda familiar entre R$ 1,2 mil e R$ 5,3 mil) fornecerá força de trabalho mais qualificada para o desenvolvimento industrial nos próximos anos. A expectativa é alimentada por uma análise sobre a demanda por educação profissional divulgada hoje (8), em Brasília, pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

De acordo com a avaliação, baseada nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - pesquisas mensais de emprego (PME), de 2002 a 2010, e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/2007) -, são os jovens da classe média que alimentam a expansão de quase 77% no número de pessoas que declararam “frequentar” ou “ter frequentado” cursos de educação profissional (qualificação de 200 até 400 horas, ensino médio técnico ou curso superior de tecnólogo) entre 2004 e 2010.

Em seis anos, o percentual de quem declarou formação em educação profissional passou de 14,03% para 24,81%, segundo aponta a análise. O maior contingente é de jovens, especialmente os adolescentes de 15 anos, que representam 10% do total de pessoas que frequentam ou frequentaram educação profissional.

Entre as pessoas de 15 a 29 anos que declararam frequentar a educação profissional, o maior percentual é na classe C (8%), que também aponta a maior demanda por cursos profissionalizantes na área industrial.

Para o economista Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais da FGV, a procura dos jovens da classe C pela educação profissional indica que a ascensão do estrato na última década terá sustentabilidade. “Não é sonho de uma noite verão”, afirma.

Para ele, não é possível dizer que a mobilidade é movida meramente por aumento do acesso ao crédito e maior consumo desse segmento da população. “Há claro paralelo entre a ascensão da nova classe média (ou classe C) e a profusão de carteiras de trabalho e cursos profissionalizantes”, defende.

Na opinião de Rafael Lucchesi, diretor de Educação e Tecnologia do Senai, o ingresso desses jovens deverá dar “lastro” ao crescimento do setor industrial nos próximos anos. A expectativa do executivo é que os onze principais setores industriais brasileiros totalizem US$ 648 bilhões de investimento entre 2011 e 2015.

O Senai promete até 2014 ampliar sua rede de escolas técnicas e cursos profissionalizantes de 2,4 milhões de matrículas para 4 milhões. Para isso, contará com empréstimo de R$ 1,5 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Apesar da boa perspectiva, a análise dos dados aponta que mais de três quartos da população nunca frequentou educação profissionalizante, quase 70% por falta de interesse. Além disso, a pesquisa verifica que 8% dos que iniciaram algum curso profissionalizante não concluíram.

A maioria porque deixou de ter interesse pelo curso no qual estavam inscritos. Entre os que concluem, mais de 37% não conseguem trabalhar na área. Os cursos profissionalizantes no Brasil são oferecidos pela rede pública, pela rede privada, pelo Senai e por organizações não governamentais.

Na avaliação de Marcelo Neri, a baixa procura por cursos profissionalizantes tem a ver com a falta de informação e a má qualidade das escolas brasileiras. “A baixa qualidade da educação básica no Brasil influencia a demanda pela educação profissional”, diz o economista que assinala que a educação profissional resulta em um ganho médio de 15%.

Rafael Lucchesi lembra que cerca de 9 milhões de alunos estão matriculados no ensino médio no Brasil, mas apenas 1 milhão faz o ensino médico técnico (complementar) e apenas 6 milhões ingressam no nível superior. “Poucos países tem uma distribuição tão ruim para a matriz do trabalho”, ressalta.
Fonte: Todos pela Educação

domingo, 4 de março de 2012

Senai terá crédito de R$ 1,5 bi do BNDES


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a concessão de um financiamento de R$ 1,5 bilhão ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). O recurso será investido pela instituição em programas de treinamento e qualificação profissional para ampliar a oferta de mão de obra qualificada no País, um dos principais gargalos da economia.

O financiamento corresponde a 74% dos investimentos do Programa Senai para a Competitividade Industrial, que pretende ampliar de 2,1 milhões para 4 milhões o número dematrículas na Educação profissional até 2015.

Na área de serviços técnicos e tecnológicos, a intenção é mais do que dobrar os contratos de prestação de serviços, chegando a 283 mil em 2015.

A instituição de Educação profissional é ligada ao Sistema S, que recebe recursos oriundos da contribuição compulsória de 2,5% sobre a folha de pagamento das indústrias.

O chefe do Departamento de Operações Sociais do BNDES, Henrique Rogério da Silva, explica que a operação é um empréstimo aprovado no âmbito do Programa BNDES Qualificação, criado para contribuir com a diretriz do Plano Brasil Maior para a redução da escassez de mão de obra.

O crédito aprovado para o Senai é o primeiro do programa, que tem um orçamento de R$ 3 bilhões disponíveis para desembolsos até abril de 2013, com possibilidade de ampliação. Nesse programa, o BNDES oferece empréstimos com prazo de até 15 anos, incluindo carência, e taxas compostas por TJLP (6% ao ano) e custos financeiros nos segmentos investimento e inovação.

Novos centros. Os recursos do BNDES serão aplicados, principalmente, nas obras de infraestrutura e modernização da rede nacional de Escolas técnicas e centros de referência do Senai, além de criar uma nova categoria de centros tecnológicos voltados para o fomento de pesquisa e desenvolvimento. A instalação será guiada pela proximidade e parceria com indústrias.

Silva explica que, sob orientação do governo, o BNDES quer usar o crédito para estimular a abertura de vagas em instituições técnicas privadas ou de caráter patronal para suprir a demanda crescente de qualificação de mão de obra técnica que as instituições públicas não comportam. A ideia é ampliar o número de vagas que poderão beneficiar trabalhadores com as bolsas e os financiamentos previstos no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), lançado pela presidente Dilma Rousseff no fim de 2011.

"Os institutos federais mais do que dobraram nos últimos anos, mas ainda não dão conta de uma demanda não atendida que existe atualmente. O Senai tem um papel importante nisso porque qualifica profissionais dos níveis mais básicos aos ligados à tecnologia que as empresas precisam desenvolver", justificou Silva.

Rodrigo Ximenes Secca, engenheiro da área social do BNDES, disse que a expansão do Senai também criará empregos para professores, instrutores e corpo técnico. Com o incentivo, a previsão é de aumento de até 50% no número de docentes da instituição.

Fonte: Site Todos pela Educação

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Estudantes de olho da profissionalização

Pesquisa mostra que alunos do Ensino Médio querem aulas práticas e objetivas, direcionadas ao mercado de trabalho.



Fazer um curso profissionalizante antes ou depois das aulas, estudar em uma escola que proporcione estágio em empresas, sentar em cadeiras mais confortáveis e que os professores expliquem melhor as matérias.

Essas são algumas das principais expectativas dos alunos de ensino médio da rede estadual, segundo uma pesquisa feita com quatro mil estudantes, pelo Instituto Mapear, para a Secretaria estadual de Educação.

O estudo mostrou ainda que, apesar das conhecidas mazelas do ensino público, os estudantes estão sonhando mais alto. Perguntados sobre o futuro, 66% têm a intenção de cursar uma faculdade, contra 58% da pesquisa de 2008.

E a quase totalidade deles (95%) pretende completar o ensino médio. Já 46% dos matriculados planejam fazer um curso técnico ou profissionalizante.

Em 2008, eram 34%. Para Nilma Fontanive, coordenadora do Centro de Avaliação da Fundação Cesgranrio, os alunos estão na direção certa: Os estudantes estão apontando o caminho para o fim do ensino enciclopédico. Um curso técnico seria muito mais útil e de grande valia na hora de entrar no mercado de trabalho.

Mesmo com os planos de continuar estudando, 55% gostariam de começar a trabalhar após a conclusão do ensino médio. Dahin Germano, de 16 anos, que estuda no Colégio Estadual Compositor Luiz Carlos da Vila, em Manguinhos, é um dos que gostariam de entrar na faculdade. Mas ele também quer sair da escola com uma carreira:

"Seria bom ter aulas profissionalizantes, pois já sairíamos com uma profissão. A escola até oferece cursos e atividades fora do horário de aula, mas não faço por falta de interesse mesmo", admite Dahin, que aponta os pontos positivos e negativos que vê na escola.

"Todas as salas têm ar-condicionado, mas as cadeiras precisam melhorar. São desconfortáveis demais. A didática dos professores também precisa mudar. Sei que o conteúdo das aulas tem que ser cumprido, mas eles correm e explicam tudo muito rápido".
Rio tem índice ruim no MEC

Do total dos entrevistados, 67% consideram o ensino público estadual de qualidade. Para 13%, ele é excelente; enquanto para 54% é bom e para apenas 4%, ruim. A boa avaliação feita pelos alunos, no entanto, contrasta com dados divulgados pelo Ministério daEducação (MEC).
Em outubro de 2009, o Estado do Rio teve o segundo pior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no país: 2,8, ficando atrás apenas do Piauí. A média nacional foi 3,6. Meses depois, o governador Sérgio Cabral passou para o secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, a tarefa de colocar o estado entre os cinco primeiros em 2014.
Desde então, não foram divulgados novos dados do Ideb, que é o resultado da junção dos índices de aprovação com as notas dos alunos em testes de Português e Matemática. Para Celso Niskier, educador e presidente do Conselho Empresarial deEducação da Associação Comercial do Rio, os alunos não sabem avaliar o ensino que recebem:
"A falta de capacidade crítica faz com que o aluno não perceba se está recebendo realmente a Educação que merece. Eles só vão perceber isso quando tentarem entrar no mercado de trabalho", observa Niskier, acrescentando que a escola é vista pelos jovens como um mal necessário.
"É preciso fazer algo urgente para despertar o interesse pela Educação. As aulas devem ser mais prazerosas e atrativas. Para isso, o professor é fundamental. Um mau professor pode provocar o desinteresse. Atualmente, vejo um profissional que finge que ensina e um aluno que finge que aprende"
Mariana Andrade, de 18 anos, sabe bem o que é isso. Ela não esconde que já matou algumas aulas porque o professor não tinha uma boa didática.
"As aulas tinham que ser mais realistas. Eu não sei para que aprender um monte de fórmulas de operações matemáticas. Queria saber como usar isso no dia a dia. Alguns professores só leem um texto e passam o exercício sem explicar nada. Isso faz com que a gente perca o interesse pela escola", diz ela, que também estuda no colégio Compositor Luiz Carlos da Vila.
Ainda de acordo com a pesquisa, 85% dos alunos estariam dispostos a cursar o ensino médio integrado (com curso de capacitação profissional). Atualmente, o Rio possui apenas oito escolas com cursos profissionalizantes. Segundo a Secretaria estadual deEducação, a meta é ampliar a oferta e ter cinco mil alunos cursando este segmento.
A pesquisa revela que dois cursos atraem mais de 20% dos alunos de todas as regiões: o de Montagem e Manutenção de Computadores e o de Administração. Um pouco abaixo da preferência, mas ainda com índices superiores a 20% na capital e na periferia, destacam-se os cursos de Técnico em Enfermagem e de Turismo e Hotelaria.
Também aluna do colégio Compositor Luiz Carlos da Vila, Camila Emília, de 17 anos, ainda não sabe qual carreira seguir. Como tem aptidão em informática, acha que um curso técnico nessa área iria despertar seu interesse pelas aulas:
"Sei que vai ser difícil entrar em uma universidade pública. Terminando o ensino médio com uma profissão já é meio caminho para fazer uma particular", conta a aluna, que destaca um ponto negativo na escola.
"O almoço é ao meio-dia. Como entro às 13h, até as 17h40m não como mais nada. As aulas já são chatas e com a barriga vazia fica pior ainda", reclama.
O levantamento mostrou ainda que o nível de escolaridade dos pais dos alunos da rede aumentou: 10% dos pais têm ensino superior, contra 6% em 2008. Também aumentou o índice dos que completaram o ensino médio: 38% das mães e 35% dos pais.

Fonte: Todos pela Educação

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Ensino Técnico a distância vai abrir mais de 150 vagas este ano


Os cursos técnicos de nível médio contarão, este ano, com o reforço de 150 mil vagas que serão abertas na modalidade de ensino a distância pela Rede e-Tec Brasil. A rede funciona em regime de cooperação entre o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), os estados e municípios com base em uma plataforma virtual de ensino e aprendizagem.

Também serão ofertados cursos de idiomas com o objetivo de qualificar profissionais para os megaeventos esportivos que o país vai promover nos próximos anos, principalmente a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

De acordo com coordernador-geral de Fortalecimento das Redes de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Marcelo Camilo Pedra, a educação a distância permite que o aluno se programe para estudar no momento e pelo tempo que ele quiser, devido à flexibilidade de horários.

Em 2011, a expectativa era atender a 50 mil estudantes, porém, mais de 75 mil se matricularam nos cursos técnicos oferecidos pela Rede e-Tech. Dos 48 cursos disponíveis, os mais procurados foram os de informática, administração e segurança do trabalho.

No total, 33 institutos federais, dois centros federais de educação tecnológica, as escolas técnicas ligadas às universidades federais do Rio Grande do Norte, de Santa Maria (RS) e Rural de Pernambuco e nove instituições públicas estaduais oferecerão os cursos a distância.
Fonte : Site Todos pela Educação

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Emprego garantido

Por que os profissionais da área técnica são os mais procurados

A carreira técnica está em alta no mercado de trabalho brasileiro. Principalmente nas áreas de tecnologia e infraestrutura – justamente as que mais ficaram reprimidas durante a estagnação econômica das décadas de 1980 e 1990. Com a volta do crescimento do país, as empresas foram pegas no contrapé. As escolas e universidades não dão conta de formar gente suficiente para montar redes de computadores, construir hidrelétricas, automatizar supermercados ou trabalhar nas refinarias de petróleo. Há três tipos de profissional entre os mais disputados: os engenheiros, os tecnólogos (formados em um curso superior especializado) e os técnicos (que fizeram um ensino médio especial).
A carência nacional de engenheiros é expressa em números. O Brasil forma 38 mil novos engenheiros por ano. “Em 2016, o mercado vai precisar de 80 mil por ano”, diz Murilo Pinheiro, presidente da Federação Nacional de Engenharia. Ele acredita que, até lá, quem tirar um diploma técnico dificilmente ficará sem emprego.
O paulistano Marcelo Mancini, de 26 anos, sabia disso quando optou pelo curso de engenharia ambiental, concluído em 2010, na Universidade São Marcos. Mas diz que ficou surpreso quando, recém-formado, conseguiu uma vaga em um concurso na mineradora Vale. Sem nenhuma experiência na área, foi contratado como responsável pela gestão de informações de novos projetos da Vale. Nos últimos 15 meses, o número de engenheiros contratados pela empresa aumentou 50%.
Não é preciso ter um diploma de um curso tradicional de engenharia para ingressar numa carreira técnica. Existem atalhos para o aluno chegar mais rápido ao mercado de trabalho. O primeiro são os cursos superiores de tecnologia, que forma os tecnólogos. O número de vagas e de formados explodiu nos últimos cinco anos. São cursos mais curtos (duram dois anos, ante os cinco da engenharia). Têm currículos mais práticos e sob medida para algumas funções, como o tecnólogo em geoprocessamento, que analisa imagens de satélite para monitoramento ambiental ou planejamento urbano. “Por isso, esses cursos são tão atraentes para quem quer ou precisa começar a trabalhar logo”, diz Angelo Cortelazzo, coordenador da área de ensino superior do Centro Paula Souza, de São Paulo. Para quase 90% dos que se formam tecnólogos pelo Centro, há emprego garantido. Alfredo Xavier Bittencourt, de 21 anos, se formou tecnólogo em desenvolvimento de sistemas e hoje trabalha na IBM. Antes de se formar, ainda durante o estágio na empresa, em 2009, foi convidado para trabalhar como efetivo. “Os cursos de bacharelado que pesquisei antes de fazer o tecnológico eram muito teóricos. Optei pelo que dava garantia de emprego”, diz.

O segundo caminho para a carreira tecnológica começa mais cedo, nas escolas técnicas de ensino médio. Para o aluno, a vantagem é ganhar conhecimento e se preparar melhor caso haja interesse em tentar uma vaga numa faculdade de engenharia ou de tecnologia. Com formação técnica na área de eletrônica, o analista de sistemas Eliseu Junior, de 32 anos, não queria depender de uma faculdade para conseguir seu primeiro emprego. Cinco anos depois do ensino médio, já trabalhando na HP, Junior se formou tecnólogo em gerenciamento de redes pela Universidade Paulista. “Tinha começado antes um curso de engenharia de telecomunicações, mas desisti. Não consegui conciliar com o trabalho.”
Além da recessão econômica nos anos 1980 e 1990, o preconceito ajudou, em boa medida, a reprimir o avanço da carreira de nível técnico. Por muito tempo, o técnico era visto como mal qualificado, de baixa escolaridade. Fora a imagem de carreira “masculina”, que ainda afasta talentos femininos. “Muita empresa não sabe o que os tecnólogos fazem”, afirma José Paulo Garcia, presidente do Sindicato dos Tecnólogos de São Paulo. Não é chororô. A Petrobras não contrata tecnólogos para as áreas principais de seu negócio. Seus fornecedores, sim. “Mas não há escapatória”, diz Marcelo Braga, sócio da Search, consultoria de recursos humanos de São Paulo. “A saída para o Brasil construir e desenvolver o que é necessário para garantir o crescimento econômico são os tecnólogos.” Os países mais desenvolvidos apostaram na formação desse tipo de profissional para avançar econômica e tecnologicamente. No grupo de países ricos, 30% de quem fez curso superior é tecnólogo. No Brasil, são 12%.
É claro que a qualidade dos cursos pesa. A maioria dos tecnólogos se forma por faculdades particulares, muitas com baixa qualidade de ensino. Mas o risco de uma formação ruim não é exclusividade desse tipo de profissional. Mais de 70% dos engenheiros brasileiros se formam nas escolas com pior avaliação pelo Ministério da Educação, de acordo com um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Em dez anos, o problema será a qualidade dos engenheiros, e não a quantidade”, diz o analista Paulo Nascimento, do Ipea.
Fonte: Revista Época edição 701 (24 de outubro de 2011)